Estamos ai vivenciando as festas de posses dos nossos administradores, prefeitos vice-prefeitos e vereadores, aqueles a quem outorgamos o direito de nos representar e pensar para nós dias melhores por meio do poder e autoridade lhe conferido.
Como e em favor de quem exercerão essas duas virtudes lhes conferidas?
Na dinâmica da vida social o poder exerce forte fascínio sobre as criaturas.
Muitas pessoas desejam ocupar cargos que lhes conceda poder sobre outros indivíduos, mas poucos sabem exercer esse encargo com autoridade.
Ter poder não é o mesmo que ter autoridade. O poder “é a faculdade de forçar ou coagir alguém a fazer sua vontade, por causa de sua posição ou força, mesmo que a pessoa preferisse não o fazer”. A autoridade é a “habilidade de levar as pessoas a fazerem de boa vontade o que quer, por causa da sua influencia pessoal”.
Para exercer o poder não é necessário ter coragem nem inteligência avantajada. Crianças menores de dois anos são mestras em dar ordem a seus pais.
A história da humanidade registrou os feitos de muitos governantes déspotas e insensatos. Mas para tem autoridade sobre pessoas é preciso um conjunto de habilidades especiais. Uma pessoa pode exercer autoridade mesmo não estando num cargo de poder, enquanto outra pode estar no poder e não ter autoridade alguma sobre seus subordinados.
Em uma sociedade injusta, o poder pode ser vendido e comprado, dado e tomado. As pessoas podem ser colocadas no poder porque são parentes ou amigas de alguém, porque têm dinheiro, uma posição social de destaque ou outra conveniência qualquer.
Mas com a autoridade isso não ocorre. Autoridade não pode ser comprada nem vendida, nem dada ou tomada. Diz respeito a quem você é como pessoa, ao seu caráter e à influência que exerce sobre terceiros.
Para estabelecer autoridade, o líder precisa ser honesto, confiável, responsável, respeitoso, entusiasta, afável, justo, dar bom exemplo, ser bom ouvinte. Quem não tem autoridade pensa só nas tarefas e exige que suas ordens sejam cumpridas. Quem tem autoridade pensa nas tarefas, mas cuida também dos relacionamentos.
No processo administrativo há sempre essas duas dinâmicas em jogo: a tarefa e o relacionamento. Atender uma, em detrimento da outra é caminho para o fracasso. E conseguir o equilíbrio entre ambas é uma característica de quem exerce liderança com autoridade.
Assim sendo, se você é líder e precisa lembrar isto às pessoas, é porque você não é. Mas se você não está no poder e mesmo assim as pessoas buscam suas orientações, é porque você tem autoridade. Pense nisso, e lembre-se: liderar é executar as tarefas que estão sob sua responsabilidade ao tempo em que constroem bons e duradouros relacionados.
Pense Nisso!
O líder ideal é aquele que, pela sua autoridade intelecto-moral, inspira os seus colaboradores e os eleva à condição de amigos. Quem tem autoridade efetiva não teme perde-la ao se aproximar dos outros e trata-los exatamente como gostaria que os outros o tratassem.